Pais e filhos: desafios pessoais

É muito frustrante para a maior parte das mães e pais a fantasia cultural de controlar o filho e seu desenvolvimento (haverá um post mais específico sobre controle nesta relação). Frente a essa frustração vários processos emocionais são acionados no adulto, o que nubla, turva, a percepção clara sobre a sua própria necessidade de aprendizado e mudança. Aqui coloco a pergunta: o que seu filho(a)(e) lhe provoca? Você vai tender a pensar rápido uma emoção ou reação. Te sugiro observar por detrás disso: qual seu padrão de dificuldade que está sendo provocado?

Sim, filhos com grande frequência colocam seus pais frente a frente com suas próprias teimosias, inseguranças, inabilidades, regras disfuncionais, ilusões, dores, feridas. E cuidar disso é dar esse foco para si em psicoterapia, em investigação da própria história e personalidade, estratégias de amadurecimento de repertórios mentais, emocionais, comportamentais. Muitas vezes para melhor se conduzir uma criança ou adolescente, é preciso se re-educar antes. E tenha tranquilidade para uma coisa: todo real processo de amadurecimento demanda assumir se re-educar.

Como ao longo da minha carreira trabalhei muito com crianças e suas famílias, acabei desenvolvendo um formato assertivo de facilitar o adulto a reconhecer padrões e transformar passa-o-passo cada uma delas em mudança clara e funcional, e é muito interessante ver adultos descobrindo que suas queixas de relação com seus filhos são também um convite aos seus próprios crescimentos. Mas mais interessante ainda, é ver a satisfação desses adultos conseguindo enfrentamentos pessoais profundos e alcançando mudanças significativas.

Se seu filhote se tornou um caminho de sofrimento para você o conduzir, temos uma bandeira vermelha sinalizando que padrões pessoais seus precisam ser revistos e transformados.

A relação pais e filhos pode ser vivida de maneira construtiva e saudável pelos dois lados.

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